Uma preparação bem feita pode extrair o melhor do grão
Quem é coffee lover sabe que o momento da preparação é também um momento para ser apreciado. Mas esse momento também é muito importante para que você consiga uma melhor qualidade no seu produto, aproveitando todos os elementos do café, e claro, um melhor aroma e sabor. As dicas contidas neste texto foram extraídas do “Manual Métodos de Preparo Café” do SEBRAE.
1 Escolha dos grãos
Como você já viu em outros posts aqui no blog, a escolha dos grãos é muito importante para que se tenha um bom resultado final. O café de qualidade, com aroma e sabor diferenciado, tem um rígido controle para que apenas aqueles grãos que estão aptos para consumo sejam selecionados.
Os cafés especiais são aqueles que passam por esse processo mais rigoroso de seleção. Normalmente o produto é produzido em uma escala menor e com mais cuidado, dando atenção especial ao grão desde a plantação até o processo de torra.
Uma boa dica para quem procura um produto de maior qualidade é observar a embalagem. Uma característica de armazenamento de cafés especiais é que eles devem ser colocados em recipientes opacos, com válvula e em pequenas porções. É na embalagem que você vai encontrar algumas informações importantes sobre o processo de produção do produto. Geralmente você encontra café de melhor qualidade em cafeterias e lojas especializadas.
2 Torra
Esse é um dos processos mais importantes na produção do café. É na hora da torra que muitos componentes são formados. É fundamental também que não exista nenhum tipo de sujeira ou grão defeituoso na hora da torra, a fim de obter um excelente resultado.
Os cafés especiais são submetidos a um alto grau de controle nesse processo, o que garante um resultado muito melhor na hora do consumo. Quando estiver escolhendo o seu produto, dê preferência àqueles que têm uma torra fresca. Quanto mais recente tiver sido a data torra, maior serão os componentes presentes no café. O tempo normalmente sugerido para usar o café é de 3 a 30 adias pós a torra.
É importante também que os grãos tenham tonalidade marrom. Se o ponto final da torra for muito escuro os grãos terão perdido grande parte dos seus componentes que geram os sabores agradáveis.
3 Moagem
Muitos preferem moer o café no momento do preparo. De fato, manter os grãos armazenados em grão proporcionam maior vida útil ao café. É importante verificar o tipo de moagem que você fará. Quanto maior for a partícula do café, mais rápida será a extração. Já com a moagem mais fina, você vai perceber que vai demorar mais tempo para passar o café. Métodos diferentes de extração requerem diferentes granulometrias.
4 Temperatura da Água
É a água que vai levar os principais componentes do café para a xícara. Então é importante que ela esteja filtrada e sem nenhum tipo de odor ou resíduo químico. Qualquer gosto diferente que estiver na água pode interferir no seu “cafezinho”.
Uma dica interessante é que a água deve estar a aproximadamente 90º C, quase fervendo, no momento da extração. Como a água perde temperatura rapidamente, você pode retirar do fogo assim que ela começar a ferver. Quando ferve e fica muito tempo em ebulição, a água pode perder um pouco da sua qualidade.
5 Quantidade de água e pó
A quantidade de café vai interferir diretamente no sabor. Aqui vale muito o seu gosto no consumo e também a variação de acordo com o perfil sensorial do café. O ponto de torra, granulometria da moagem e modo de extrair podem exigir diferentes quantidade de água. Para os cafés especiais essa quantidade pode variar entre 5 a 10g de pó para cada 100ml de água.
6 Escaldar os filtros e utensílios
Essa é uma dica que talvez poucas pessoas saibam, mas que é super usada por baristas. Ao passar água quente nos filtros e nos utensílios que serão utilizados na preparação do café você vai aquecer os recipientes para preparo e também pode ajudar a prevenir que alguns resíduos e sabores fiquem e atrapalhem o gosto do café.